Casos de escarlatina, doença contagiosa comum em crianças, registrados esta semana numa escola particular de Niterói acenderam um sinal de alerta entre pais e responsáveis.
A escola, onde houve os casos, emitiu até um comunicado aos pais e responsáveis orientando, além de procurar atendimento médico em caso de sintomas e confirmação da doença, comunicar à unidade de ensino e não enviar o aluno às aulas até o restabelecimento com apresentação de liberação médica.
O ENFOCO ouviu um especialista que deu dicas importantes para evitar o contágio e, em caso de contaminação, as recomendações básicas para o tratamento.
“Aos primeiros sintomas, é preciso buscar o tratamento médico, já que é necessário o uso de antibióticos. Além disso, é preciso ficar atento para evitar complicações, que pode atingir os rins por conta da retenção da urina e até provocar pressão alta", disse o infectologista Edimilson Migowski.
Ainda segundo o especialista, uma pessoa até pode estar com a bactéria, mas transmitir ou não para outra que tenha um contato próximo, seja através do compartilhamento de objetos, como talheres, canudos, ou com o contato físico, como beijos, por exemplo.
“A maneira de evitar a doença é deixar a casa bem arejada, manter distância da pessoa infectada e fazê-la usar uma boa máscara e que seja trocada com uma certa regularidade para evitar riscos. Mas vale ressaltar que esse cuidado é maior no primeiro dia, já que após o início do uso de antibióticos a pessoa contaminada não transmitirá a doença para mais ninguém", explicou o médico.
Segundo Wigowski, são mais de 20 mil casos registrados da doença por ano no Brasil. Um possível surto da doença na cidade ou até mesmo no Estado do Rio, no entanto, foi descartado pelas secretarias Estadual e Municipal de Saúde. As Secretarias Estadual e Municipal de Educação informaram também que não há registro de casos da doença nas unidades públicas de ensino das suas respectivas redes.
O QUE É A DOENÇA
A escarlatina é uma doença bacteriana que se desenvolve em algumas pessoas que têm faringite ou amigdalite, sendo mais comum em crianças e adolescentes de 5 a 15 anos. Entretanto, adultos que estiverem em contato com crianças também estão sensíveis a contrair a bactéria.
Por isso, é importante se atentar aos sintomas que são semelhantes a de uma virose, mas incluem irritação na pele, deixando-a avermelhada e cobrindo a maior parte do corpo, dor de garganta e febre alta.
Pode ser transmitida pelo contato direto com a saliva ou a secreção nasal. Seja por tosse, espirro, beijo, objetos compartilhados (como copos) ou mãos que tocaram partículas contaminadas e foram levadas ao nariz ou boca.
Principais sintomas
- Início súbito com calafrios e febre alta nos primeiros dias, que vai baixando aos poucos nos dias subsequentes até desaparecer;
- Dor de garganta intensa;
- Pequenas manchas vermelho-escarlate de textura áspera na pele que aparecem inicialmente no tronco, depois tomam a face, o pescoço, os membros, axilas e virilha, mas poupam as palmas das mãos, as plantas dos pés e ao redor da boca. Nas dobras de pele, como cotovelos, punhos, axilas e joelhos, as manchas podem ser mais escuras. As erupções descamam com a evolução do quadro;
- Na língua, surgem caroços avermelhados recobertos com uma película parecida com um plástico filme branco amarelado. Essa película posteriormente se desfaz, e a pele adquire o aspecto de framboesa porque as papilas incham e ficam arroxeadas;
- Mal-estar;
- Inapetência;
- Aumento dos gânglios do pescoço
- Dor no corpo, de barriga e de cabeça;
- Náuseas e vômitos.
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